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Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) anunciaram um avanço relevante no desenvolvimento de um material biodegradável capaz de substituir plásticos convencionais. A pesquisa é liderada por Helen Kotekewis e tem como objetivo enfrentar a crise global de resíduos plásticos. O Brasil ocupa a 4ª posição mundial na geração de lixo plástico, segundo dados do WWF de 2019, mas recicla apenas 1,28% do total.
O novo material é uma blenda polimérica composta por amido de milho e álcool polivinílico (PVA), reforçada com lignina e ácido málico. Essa combinação melhora a resistência mecânica e térmica, além de reduzir a absorção de umidade. O foco inicial está no setor de embalagens, especialmente o alimentício, responsável por grande parte do consumo de plástico descartável.
O produto apresenta propriedades de transparência e estabilidade, o que o torna viável para uso comercial. Entretanto, especialistas apontam que sua adoção em larga escala dependerá de ajustes industriais e de novos investimentos. A tendência de maior consciência ambiental por parte de empresas e consumidores pode acelerar essa transição.
Se consolidado, o projeto da UFRGS pode posicionar o Brasil como referência na produção de materiais sustentáveis para embalagens, impulsionando um mercado alinhado às demandas globais de redução de resíduos plásticos.