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As vinícolas do Rio Grande do Sul, responsáveis por mais de 90% da produção nacional de vinhos e espumantes, estão intensificando os investimentos em tecnologia agrícola e inovação para enfrentar desafios de produtividade e clima. O setor, que movimenta cerca de R$ 2,5 bilhões por ano na região, aposta em equipamentos modernos, irrigação inteligente e novas variedades de uvas resistentes a pragas e mudanças climáticas.
Segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), mais de 300 vinícolas gaúchas já adotaram práticas de agricultura de precisão, com uso de drones e sensores que monitoram o desenvolvimento das plantações em tempo real. Essas ferramentas reduzem custos e aumentam a eficiência da colheita, garantindo maior qualidade na produção.
A indústria também tem investido em parcerias com universidades e centros de pesquisa para desenvolver novos métodos de vinificação e ampliar a presença de rótulos brasileiros em mercados internacionais. Em 2024, o Brasil exportou 5 milhões de litros de vinhos, e a meta é dobrar esse volume até 2030.
Além da modernização, as vinícolas buscam fortalecer a sustentabilidade. Programas de uso racional da água e energia solar estão sendo implementados em diversas propriedades, com o objetivo de reduzir a pegada de carbono do setor.
Especialistas destacam que a aposta em inovação é fundamental para manter a competitividade frente a países tradicionais como Chile, Argentina e Portugal, que já contam com forte reconhecimento global.