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A indústria de reciclagem de plásticos da União Europeia enfrenta um momento crítico. Diversas plantas de reciclagem estão encerrando suas atividades em série, resultado direto da queda nos preços dos materiais reciclados e do aumento nos custos de energia e operação. O cenário levanta preocupações sobre o futuro da economia circular no continente e os riscos de retrocesso ambiental.
Nos últimos meses, o preço do plástico reciclado caiu abaixo do custo de produção em muitos países europeus, tornando a operação economicamente inviável. A situação foi agravada pela importação de resinas virgens mais baratas vindas da Ásia e do Oriente Médio, que competem diretamente com o material reciclado no mercado interno europeu.
Empresas do setor relatam que, apesar dos compromissos ambientais assumidos pela União Europeia, os incentivos fiscais e as políticas de estímulo ainda são insuficientes para manter a viabilidade das recicladoras. O resultado é o fechamento de centenas de unidades e a demissão de milhares de trabalhadores em toda a cadeia.
Especialistas alertam que o fechamento dessas plantas pode gerar um efeito dominó, reduzindo a oferta de material reciclado e aumentando a dependência de plásticos de origem fóssil. Isso compromete as metas de sustentabilidade da região, que pretendiam atingir altos índices de reaproveitamento até o final da década.
Enquanto isso, governos nacionais e associações do setor pressionam Bruxelas por uma resposta rápida. Entre as soluções sugeridas estão a criação de tarifas compensatórias para plásticos virgens importados, a ampliação de subsídios à reciclagem e a implementação de metas obrigatórias de uso de conteúdo reciclado na indústria.