Getting your Trinity Audio player ready... |
O Brasil registrou progresso no índice de reciclagem nos últimos anos, reflexo de investimentos crescentes em programas públicos e iniciativas privadas. Porém, um ponto crítico ainda persiste: o plástico continua sendo o maior gargalo ambiental do país. Milhões de toneladas são descartadas anualmente sem o devido reaproveitamento, aumentando a pressão sobre lixões e aterros.
Relatórios recentes indicam que, embora a taxa de reciclagem tenha melhorado em comparação a uma década atrás, o Brasil ainda está distante das metas internacionais de economia circular. Um dos maiores entraves é a falta de infraestrutura: a coleta seletiva cobre apenas parte das cidades brasileiras, e cooperativas de catadores operam em condições precárias, sem apoio adequado.
O desafio é ainda mais evidente quando comparado a países líderes no setor. Enquanto algumas nações europeias chegam a reciclar mais de 40% do plástico produzido, o Brasil mal alcança metade desse patamar. Especialistas defendem que, além de conscientização da população, é urgente ampliar incentivos fiscais para a indústria da reciclagem e fortalecer cadeias logísticas que permitam dar destino adequado a diferentes tipos de resina.
Apesar das dificuldades, o tema vem ganhando força na agenda governamental e empresarial. A pressão de consumidores e a necessidade de reduzir a pegada de carbono fazem da reciclagem do plástico um dos pontos centrais do debate ambiental brasileiro.