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A indústria da construção registrou em agosto uma queda de 3,5 pontos no índice de evolução do nível de atividade, chegando a 46 (abaixo de 50), o que representa o pior desempenho para esse mês em nove anos.
Os dados, divulgados pela CNI em parceria com a CBIC, revelam que além da retração na atividade, houve queda no índice de número de empregados e na utilização da capacidade operacional (UCO), que caiu para 66%.
De acordo com Marcelo Azevedo, da CNI, o cenário é influenciado pela elevação da taxa de juros, que encarece crédito para investimentos e frena a demanda.
As expectativas também pioraram em setembro: índice de compras de matérias-primas caiu 0,4 ponto; novos empreendimentos e serviços caíram 0,9 ponto; expectativa de número de empregados declinou 0,6 ponto; e o índice de nível de atividade esperada recuou 0,7 ponto. Agência iNFRA
Apesar disso, o Índice de Confiança do Empresário Industrial da Construção (ICEI-Construção) registrou leve alta de 1,2 ponto, atingindo 47 pontos, puxado pela melhora nas expectativas.
Cenário preocupante: A combinação entre custos altos de financiamento e demanda enfraquecida pode agravar o momento já difícil vivido pelo setor.
Conclusão: O setor de construção vive momento delicado, e as perspectivas apontam dificuldade de retomada no curto prazo, exigindo políticas que aliviem o crédito e estímulos adequados para reaquecer a cadeia.