A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou uma queda de 8,6% na receita líquida em setembro, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O resultado reflete o enfraquecimento da demanda interna e a desaceleração nas exportações, impactadas pela valorização do real e pelo cenário econômico internacional mais cauteloso.
Apesar do recuo, o setor mantém otimismo. Segmentos ligados à automação, energia renovável e embalagens continuam apresentando crescimento. De acordo com a Abimaq, a produção nacional ainda responde por mais de 60% do consumo interno de máquinas, o que mostra resiliência mesmo em um contexto desafiador.
As exportações somaram cerca de US$ 1 bilhão, queda de 4% na comparação anual. Já as importações aumentaram, indicando uma competição mais acirrada com produtos estrangeiros. Especialistas apontam que novas linhas de crédito, como o BNDES Mais Indústria 4.0, podem ajudar na retomada, estimulando a modernização das fábricas e o aumento da produtividade.
O setor emprega aproximadamente 300 mil trabalhadores e segue como um dos pilares da base industrial brasileira, sendo decisivo para a cadeia de investimento em infraestrutura, transporte e energia.


