Um novo levantamento divulgado pelo setor de transformação plástica revela que a indústria do plástico tem avançado significativamente em inovação, eficiência energética e sustentabilidade. O estudo, conduzido por entidades do segmento e centros de pesquisa independentes, mostra que as empresas vêm acelerando investimentos em tecnologias de reciclagem e em processos produtivos de menor impacto ambiental.
De acordo com os dados, 82% das companhias do setor afirmam ter incorporado práticas de economia circular em suas operações, seja por meio da reutilização de resíduos industriais, uso de matérias-primas recicladas ou substituição de insumos derivados de fontes fósseis. Esse índice representa um crescimento de 28 pontos percentuais em relação a 2020, evidenciando uma mudança estrutural no modelo produtivo da indústria.
A pesquisa também mostra que 6 em cada 10 empresas estão investindo em equipamentos mais eficientes energeticamente, com destaque para sistemas de extrusão e injeção de nova geração, que reduzem o consumo de energia em até 30%. Além disso, o uso de automação e monitoramento digital em tempo real tem permitido um controle mais preciso das emissões e desperdícios, aumentando a competitividade do setor.
Entre as tecnologias emergentes, o destaque vai para a reciclagem química, que possibilita a quebra molecular de polímeros e a criação de novos plásticos com qualidade equivalente à de materiais virgens. A adoção dessa técnica cresceu 45% nos últimos três anos, impulsionada por parcerias entre empresas petroquímicas e startups de inovação ambiental.
O estudo também destaca que as exportações brasileiras de produtos plásticos sustentáveis cresceram 18% entre 2023 e 2024, com forte demanda da Europa e dos Estados Unidos. Essa tendência reflete o alinhamento do setor nacional às exigências de rastreabilidade e certificação ambiental dos grandes compradores internacionais.
Para especialistas, o avanço mostra que a indústria plástica brasileira vem superando a imagem negativa associada ao descarte inadequado e se consolidando como um agente de inovação sustentável. O desafio agora é ampliar a infraestrutura de reciclagem e fortalecer políticas públicas que estimulem o consumo de materiais circulares.


