A China anunciou a implementação de controle sobre a exportação de terras raras, baterias de lítio e materiais superduros, por meio de um sistema de licenciamento obrigatório a partir de 1º de dezembro. A decisão incide sobre produtos que contenham 0,1% ou mais de terras raras chinesas, mesmo que montados fora da China.
A medida afeta diretamente a cadeia global de tecnologia, pois a China domina mais de 90% do processamento das terras raras e detém forte influência no fornecimento de insumos críticos para setores como automotivo, eletrônico, aeroespacial e defesa.
No contexto bilateral com os EUA, a medida provocou reação imediata: o presidente Donald Trump anunciou intenções de impor tarifa de 100% sobre produtos chineses e cancelou compromisso diplomático previsto.
Analistas interpretam a ação chinesa como um movimento estratégico para fortalecer sua vantagem tecnológica e garantir segurança nas cadeias sensíveis. Internamente, o país reforça que os controles são alinhados à sua política de segurança nacional.
O Brasil, por sua vez, figura entre as nações com reservas estimadas em 21 milhões de toneladas equivalentes de terras raras, o que pode oferecer oportunidades estratégicas diante dessa nova configuração global.
Como reflexo, países consumidores intensificam busca por diversificação de fornecedores, reestruturação da cadeia de suprimentos e investimento em tecnologias autônomas de mineração e processamento. A reordenação das rotas comerciais e industriais pode ganhar velocidade em função desse novo patamar de restrições chinesas.


