O setor brasileiro de máquinas e equipamentos encerrou o acumulado de 2025 com receita líquida de R$ 200,8 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O resultado marca estabilidade em relação ao mesmo período de 2024, porém revela queda de 9,2% nas vendas de agosto, reflexo direto da retração na demanda interna e das incertezas macroeconômicas.
A Abimaq, entidade sediada em São Paulo e responsável por representar mais de 7,5 mil empresas do setor, explica que parte dessa desaceleração decorre da redução de investimentos em bens de capital e do ritmo mais lento das exportações, que caíram cerca de 5% em volume físico. Apesar disso, o saldo comercial continua positivo, impulsionado principalmente pelos segmentos de máquinas agrícolas e de construção, que seguem com alta demanda em países da América Latina.
O presidente executivo da entidade, José Velloso, destacou que o desempenho de 2025 reforça o desafio de manter competitividade global frente à valorização cambial e aos custos logísticos crescentes. A expectativa, segundo ele, é de retomada gradual até o primeiro semestre de 2026, à medida que novos programas de incentivo à modernização industrial entrem em vigor.
O estudo da Abimaq também indica aumento discreto na utilização da capacidade instalada, atingindo 76,8%, enquanto o nível de emprego manteve-se estável, com pouco mais de 360 mil postos diretos.


